Wednesday, November 01, 2006

31-10-2006- S. Luís- Alcântara- S. Luís
1.Combinei com os americanos ir visitar a ilha de Alcântara, a uma hora de barco de S. Luís. Juntaram-se a nós o Gil, um Israelita que era conselheiro económico da embaixada em Madrid e que pôs 2 anos de licença sem vencimento para viajar pela América do Sul, e o Arava ou algo assim, finlandês, estudante de filosofia que também viaja pelo Brasil, mas com pouco talento para isso, já que foi de calcinha de ganga e ténis e gastou uma embalagem de protector na viagem.
Fomos de Catamarã, pensei que ía enjoar, mas nada disso, e 50 minutos depois chegámos a Alcântara, que no final do Séc XIX era a morada dos cidadãos mais influentes do Maranhão, mas que depois entrou em decadência.
Foi um dia muito bonito, em que começámos por entrar em todas as mercearias e frutarias da vila para comer alguma coisa e falar com as pessoas.
Comi uma fatia de bolo de manteiga , uma de bolo de chocolate e um suco de maracujá, tudo por 80 cêntimos.
Depois foi andar entre as casas mais ou menos preservadas e as ruínas, que serviam de campo de futebol e de recreio para os meninos da Escola. Caminhámos em direcção à praia, que é numa ilha limítrofe acessível por balsa.
Estava muito calor, andámos uma hora debaixo do sol do meio dia até que a malta decidiu desistir e ficar debaixo de uma sombra. Eu continuei, queria muito um mergulhito. virei a curva e vi o paraíso, uma pousada com redes, bebida e comida à beira de uma praia de rio, de onde se viam os pássaros vermelhos chamados Guarás, que estão à beira da extinção em quase todo o Brasil, mas que aqui existem com abundância.
Fui chamar os companheiros e ficámos por lá, a beber uma cervejinha e a comer pescadinhas fritas com salada deliciosas.
Quando cheguei, vi o empregado, um negro com afro, a mexer em C.D.s. Como já estou desesperado e não aguento mais ouvir forró, fui ter com ele, e imbuído de preconceito racial, perguntei-lhe se ele não tinha um reggaezinho.
Ele replicou, brusco ¨ Eu não gosto de Reggae não, cara. a minha onda é mais rock dos anos 80, Joy Division, Bauhaus, ou então o básico da electrónica, como kraftwerk, ou o rock alemão de Can ou Einsturzde Neubaten¨
(...)
A cena para mim foi um misto de filme do David Lynch com um sketch de Monty Phyton. fiquei de queixo caído.
Resultado, já nem fui à praia, fiquei horas a falar de música com o cara enquanto ouvimos o ¨ Sky's gone out¨ de Bauhaus, bem como outras bandas novas que ele me mostrou como uma banda galesa de fusão de rock com psy trance e muitas outras coisas, qualquer coisa tentacles, não apontei, mas que em certa medida faz lembrar mogwai ou tortoise. Godiva, faz o teu trabalho.
Na viagem de regresso, ao pôr do sol, coloquei-me na parte dianteira do catamarã a ver S. Luís aproximar-se e a levar autênticos banhos sempre que vinha uma onda maior, daqueles que lavam a alma até ao âmago.
Só me pergunto, será que vou ter algum dia mau???

1 Comments:

Blogger jzz said...

oi, míudo. não é por falta de coragem que a safira não rola, nem por falta de ser assediado. é que she's not my type e não estou para aí virado. Para além disso, aqui no brasil, não é muito difícil arranjar uma menina. ainda mais um galã como eu!!! Mas não me apetece.
Quanto ao resto, obrigado pelas tuas palavras, e aquele abraço, esperançoso de um dia te ouvir responder ao meu ¨ GLORIOSO¨ com um sonoro e rotundo ¨ SLB¨

8:19 AM  

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