Sunday, December 16, 2007

15-12- S. Cristobal- Tuxla Gutierrez. Cidade do México

Deixo Chiapas, este Estado que está no meu imaginário desde meados dos anos 90, quando surgiu "El Movimiento".

Os chiapos, ou chiapenses, ou chiapenhos, sao bastante menos simpáticos do que nos outros sítios onde estive, consequencia, talvez, de muitos anos de opressao.

Os únicos sinais do "movimiento" sao algumas frases pintadas nas paredes, que exortam á Justiça para os "campesinos" e povos indígenas e Grafittis do Ejercito Zapatista de Liberación Nacional.

De resto, a presença militar é forte o suficiente para assegurar que um dos Estados mais ricos do México em recursos naturais, incluíndo petróleo e gás, e que gera mais de metade da energia Hidro-eléctrica consumida pela Federaçao, se mantenha, passivamente, com o rendimento per capita mais pobre. Os indígenas de Chiapas auferem cerca de 1/3 do salário dos seus compatriotas.

Uma coisa é certa! Aqui, nestas montanhas, está a verdadeira pobreza.


Desço as montanhas de autocarro até à capital do Estado, Tuxla Gutierrez, e de lá directo para o Aeroporto.

Já quando o aviao fazia Taxi, uma cena de filme de Jacques Tati:

Quatro "maleteros", depois de carregar a bagagem e equipados a rigor com os seus coletes amarelos flourescentes, a dizer longamente adeuzinho ao aviao...

Pensei, ou sao extremamente simpáticos ou entao uns bombistas zapatistas bastante cínicos.

Com o céu quase sempre limpo, sobrevoo as montanhas de Chiapas até avistar a costa do Golfo do México, de Tabasco (cuja capital, se fosse eu a mandar, se chamaria CISGARRO e nao Villahermosa. Se fosse eu a mandar, o mundo seria um sítio bastante estúpido...) e de Veracruz, até que. perto de Puebla irrompe de uma zona nublosa o imponente cume nevado de um grande vulcao, que ainda nao descobri se é o La Malinche ou outro que nao me lembro o nome. Beautiful!!

Depois, Valle de Mexico e a colossal cidade, cuja maior avenida, Insurgientes, tem 70km de comprimento.

Fico no Hotel Misíon Reforma, num dos melhores quartos em que já estive. Cama King, banheira grande em mármore com chuveiro poderoso e quente, vista sobre o Paseo de la Reforma e a Plaza Colón, filmes e jogos nintendo pay per view (nao havia Pro Evolution), mini bar recheado com bebidas, comidas e , minhas senhoras e meus senhores, tabaco!!!

Depois da cabana semi open air de Zipolite (felizmente, só no ultimo jantar o Bruno me falou dos lacraus e das tarântulas) e do gelo glaciar do quarto de S. Cristobal, estava a precisar de um pouco de bom trato. E por 50€, nada mal.

Resisto á tentaçao de ficar refastelado na cama king e apanho o Bus turistico para dar uma volta de reconhecimento à cidade. 3:30 horas no andar de cima a snifar tubo de escape, com uns headphones a ouvir as explicaçoes. Mas bastante interessante

É uma cidade surpreendente, sem dúvida. Expurgando-a de metade das pessoas e 3/4 dos carros roçaria a perfeiçao.

Chegado ao quarto, fui surpreendido, no zapping, por um documentário sobre a vida de alcool, drogas e orgias do...Nélson Ned!

Para quem nao sabe, Nelsón Ned é um cantor romantico de K7 pirata dos 70 e 80, de origem brasileira, creio, e que eu julgava ser um fenómeno sobretudo português, mas pelos vistos nao, já que tem direito a um documentário em prime time na tv mexicana.

Ora, o bom do Ned tem a particularidade de medir cerca de 90 cm.

quando parei a 1ª vez no documentário, estava o Ned a dizer que teve que fazer uma vasectomia porque os tres filhos que teve com a loura alta e espampanante, sua esposa, tinham saído anoes.

Quando regressei, já se falava das orgias que mantinha regularmente, recorrendo o realizador a torpes reconstituiçoes com um actor anao com uma peruca aos caracóis á Serafim Saudade, rodeado por tres ou mais babes. Surreal!!!!

Para além disso, o Nelson confessa que alternava heroína com cocaína, tendo ficado viciado nas duas.

Nélson, assim nao dá, Ned???

Isso das drogas eu já sabia, porque há uns anos atrás, no saudoso Big Show Sic, vi o pequeno grande cantor, no meio da música, agradecer ao público, porque sem o seu apoio nunca teria conseguido deixar a fruta.

Tudo isto enquanto o Baião, vestido de Centurião romano, abanava a anca...

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