10-12 Zipolite
ANÚNCIO
Homem bem parecido, simpático, inteligente, sensível, independente, compreensivo, fogoso e modesto procura menina/senhora com as mesmas características e que lhe faça panquecas para o pequeno-almoço!
Esta noite, um mosquito mordeu-me no lábio, e deixou-me com boquinha de Elvis maroto.
As Babes gritam histéricas á minha passagem!
Ontem, as pitas mexicanas perguntaram-me se eu nao me aborrecia por estar sozinho.
A verdade é que, em 90% do tempo, nao.
Até porque sou capaz de estar, como estive, uma hora a observar a luta pela sobrevivência de um peixe gordo e espinhudo, que tentava passar a ondulaçao que, invariavelmente, o transportava de volta para a areia. Até que a baixa-mar lhe ditou a sentença e ele foi para o céu dos peixes gordos e espinhudos.
Acabei o Kerouac e comecei a ler o "Crime e Castigo" do Dostoievski, também em inglês, que roubei da biblioteca da pousada de Oaxaca. Já me tinha esquecido de como ele consegue criar uma densidade narrativa e dá uma vida aos personagens que me deixa totalmente absorto e enterrado nas páginas.
De tal modo que até pensei duas vezes antes de assistir ao salvamento perpetrado por dois Mitch Buchanons mexicanos a um gajo que se estava a afogar.
Lá se safou, o cidadao. A sorte dele foi nao ser um peixe gordo e espinhudo...
E, na página 25, lá estava a frase, usada antes por mim e pelo meu Pai vivo:
" Man grows used to everything "
Curiosamente, é a única frase que o dono do livro sublinhou em todas as 492 páginas.
Depois, sob o sol impiedoso das 13h, e como sou um muchacho dotado de enorme bom senso, resolvi caminhar pelos montes, único modo de chegar á praia que fica entre Zipolíte e San Agustinillo, que é só das melhores praias em que já estive, linda, maravilhosa!
Para além de mim, só dois bandos de abutres que devoravam afoitos os cadáveres de duas tartarugas.
Passei a bicharada repugnante, despi-me dos poucos preconceitos que ainda me restam e estive meia- hora a banhar as miudezas (força de expressao) naquele Mar de cidra espumosa e tépida.
Depois, como a fome era negra (ja tinha a boca cheia de moscas), decidi caminhar até San Agustinillo para comer um peixinho, para me dar forças para subir ä enseada para ver o Pôr-do-Sol.
Nao sem antes passar na minha praia privada para, mais uma vez, dar banho ao cágado!
Aborrecer-me, eu???
ANÚNCIO
Homem bem parecido, simpático, inteligente, sensível, independente, compreensivo, fogoso e modesto procura menina/senhora com as mesmas características e que lhe faça panquecas para o pequeno-almoço!
Esta noite, um mosquito mordeu-me no lábio, e deixou-me com boquinha de Elvis maroto.
As Babes gritam histéricas á minha passagem!
Ontem, as pitas mexicanas perguntaram-me se eu nao me aborrecia por estar sozinho.
A verdade é que, em 90% do tempo, nao.
Até porque sou capaz de estar, como estive, uma hora a observar a luta pela sobrevivência de um peixe gordo e espinhudo, que tentava passar a ondulaçao que, invariavelmente, o transportava de volta para a areia. Até que a baixa-mar lhe ditou a sentença e ele foi para o céu dos peixes gordos e espinhudos.
Acabei o Kerouac e comecei a ler o "Crime e Castigo" do Dostoievski, também em inglês, que roubei da biblioteca da pousada de Oaxaca. Já me tinha esquecido de como ele consegue criar uma densidade narrativa e dá uma vida aos personagens que me deixa totalmente absorto e enterrado nas páginas.
De tal modo que até pensei duas vezes antes de assistir ao salvamento perpetrado por dois Mitch Buchanons mexicanos a um gajo que se estava a afogar.
Lá se safou, o cidadao. A sorte dele foi nao ser um peixe gordo e espinhudo...
E, na página 25, lá estava a frase, usada antes por mim e pelo meu Pai vivo:
" Man grows used to everything "
Curiosamente, é a única frase que o dono do livro sublinhou em todas as 492 páginas.
Depois, sob o sol impiedoso das 13h, e como sou um muchacho dotado de enorme bom senso, resolvi caminhar pelos montes, único modo de chegar á praia que fica entre Zipolíte e San Agustinillo, que é só das melhores praias em que já estive, linda, maravilhosa!
Para além de mim, só dois bandos de abutres que devoravam afoitos os cadáveres de duas tartarugas.
Passei a bicharada repugnante, despi-me dos poucos preconceitos que ainda me restam e estive meia- hora a banhar as miudezas (força de expressao) naquele Mar de cidra espumosa e tépida.
Depois, como a fome era negra (ja tinha a boca cheia de moscas), decidi caminhar até San Agustinillo para comer um peixinho, para me dar forças para subir ä enseada para ver o Pôr-do-Sol.
Nao sem antes passar na minha praia privada para, mais uma vez, dar banho ao cágado!
Aborrecer-me, eu???
2 Comments:
Jozzzzé! Não acredito que não salvaste o peixinho!
Aborrecer-nos, tu????
Li tudo de enfiada. Tão bom meu amiguinho. Fazes-nos viajar contigo. Eu punha outras bandas sonoras tipo langalanga lan e outras coisas de "shake your hip", mas ok, sei que não estás no mexico. Fui ver o control, bonitinho sim sr... Pure and Simple, tinhas razão.
Quem é que tem medo de um coelho?! Quem matou Roger Rabbit e está com remorsos?! Só tu. Ai, ai... Beijos
Post a Comment
<< Home