5-12 Oaxaca- Bahías de Huatulco
Ontem, quando fui para o quarto, uma cena hilariante.
Um coelho, preto e gordo, que presumo ser a mascote do hotel, aproximou-se de mim á entrada do quarto e começou a dar voltas sobre mim. A princípio achei piada, mas depois de bater com o pé no chao e ele continuar na mesma, comecei a ficar preocupado.
Será que os coelhos mordem? Nao sabia! Mas lá estava eu, especado á porta do quarto com o bicho a circundar-me.
Sem lhe querer dar uma biqueirada, abri a porta e, num saltinho abichanado, esgueirei-me para dentro e fechei, porque se ele entrasse era o diabo para tirá-lo, e eu nao durmo com roedores á solta na mesma habitaçao, nunca se sabe o que eles podem querer roer.
Depois, abri uma fresta e lá estava ele, a olhar para mim com cara de parvo!!
Hoje acordei a entoar pais-nossos, avés marias e cantos gregorianos. MEDO DO CESSNA!!!
Afinal foi tudo muito suave, muito mais do que os avioes grandes.
O Cessna eleva-se sobre as montanhas de Oaxaca e eu escolho o segundo album de Sigur Ros como banda sonora.
Que bem escolhido! Obrigado, maninha linda, por o teres no teu MP3 no meio daquela metalada toda.
As lágrimas começam a escorrer-me pela face sem que eu as possa evitar. Que vergonha, o que é que os business man que viajam comigo vao pensar... espera aí, é verdade... estou-me pouco lixando!
Tento estancar o lagrimal que sai por debaixo dos óculos escuros que, mais uma vez, roubei ao meu irmao (és tao tóto), mas o cenário e a banda sonora sao demais para mim, nao aguento!
Sou muito susceptível à beleza extrema, causa-me uma descarga emocional que me atropela e me deixa prostrado. E é indescritível o que senti ao voar rasante sobre aquele mar de montanhas.
Depois das montanhas, planície de selva cerrada e o grande pacífico no horizonte.
Aterragem perfeita! Os melhores 100€ que já gastei!
Quanto aos vizinhos da Bjork e do Gudjhonsen, Sigur Ros, vi-os 2 vezes.
A primeira no SONAR 2000, em Barcelona. Nao conhecia, começaram com aquela seca do uiiiuiii, fui buscar uma bebida, bebi-a toda e eles continuavam uiiiuiiii. Depois arrancaram um concerto que me deixou de queixo caído.
Depois disso ainda vi Sonic Youth a tocar peças de John Cage (muito pop, como podem imaginar), Aphex Twin a mastigar-me a massa encefálica e, finalmente, Amon Tobim, que vi sentado junto á pista de carrinhos de choque, que, estranhamente, montaram na parte exterior do evento
Unforgettable, portanto.
A segunda vez foi no Coliseu, quando alugámos aquele camarote. No final, fiquei com as maos inchadas de tanto os aplaudir.
No entanto, é raríssimo ouvi-los. Ainda bem que o fiz hoje!
Chego ao Hotel, que é bom (outra cama threesome para um homem tao delgado, que desperdício), pouso as coisas e praia comigo.
Apanho uma lancha que me leva pelas baías rochosas, com línguas de areia que contrastam com a selva que, das enseadas, pende sobre o mar.
A água é límpida, e vai paulatinamente ganhando a cor dos recifes, sendo verde clara junto á areia ganhando com a profundidade uma tonalidade azul intensa que cintila sob os raios solares (tudo isto, claro, visto pelos olhos de um daltónico de média gravidade)
Chego á Playa de la Entrega, muito linda, como que escavada nas rochas cobertas de vegetaçao.
Alugo um equipamento de Snorkeling. Será que a minha guelra de jaquinzinho vai aguentar?
Antes deito-me numa espreguiçadeira a ler o Camus.
Chega uma horde de bimbos mexicanos para perturbar a minha paz. Nao faz mal, ponho Ticon nos ouvidos e faço a minha própria produçao.
Hoje é o dia da escandinávia nos meus tímpanos. Estes suecos estiveram no passado dia 30 no caldeirao de Alvalade (Tuatara). Vi-os no Freedom e fui á estratosfera!
É que ouvir um bom progressive enquanto observo um cla inteiro de mexicanos de diferentes idades, generos e, sobretudo pesos alinhados perante mim de óculos, barbatanas e respìradouro tem o seu que de psicadélico, asseguro-vos. O patriarca, bem á minha frente, tem uma barriga que pende quase á altura dos joelhos e tem um mapa mundi de estrias nas laterais da sua pança orangotangica.
De todos os sítios onde já estive, os chicanos sao, sem duvida, os mais feios!
Depois do "Zero Six After", animo-me e lá vou visitar o mundo subaquatico. Agua limpida como o ar, a 22/23º, com aquela salinidade que entorpece os lábios. Embrenhei-me pelos recifes de coral, com dezenas de espécies de peixes de todas as cores.
Depois nadei até uma praia deserta, como que cuspida pela selva circundante e deitei-me na areia grossa, aquela que eu adorava nos meus tempos de pé-de-atleta (lembras-te, Luigi, das nossas coceiras orgásticas na Praia do Meco?)
Volto á espreguiçadeira, e para fazer jus á tatuagem, ouço o "In the Flat Field" dos The Greatest of All Time, Bauhaus.
Isto enquanto me continuo a deliciar a ver familias, as mulheres vestidas normalmente (tenho fotos) de barbatana e oculo a ter aulas de snorkeling.
Aqui nao há nenhuma mulher de bikini, todas de t shirt, algumas de camisa e outras ate de saias dentro de água.
Ainda bem, porque os tacos, enchilladas y quesadillas sao bem visiveis nestes corpos.
Por fim, e já com o sol opuscular, e para terminar a saga escandinasva, "vespertine" da Bjork.
E assim passei o primeiro dia decente de praia que tive em 2007!!
O ar nocturno aqui em La Crucecita, por estar encravada entre as montanhas, a selva e o Pacífico, pesa toneladas, cada golfada parece que alimenta.
Ainda assim tenho fome! Encontro um japonês. Que chatice!!!
para abrir, vem logo um jarrinho de sakê
Depois sopa Misogushi( ou que raio é) cheia de pedaçoes de camarao e polvo.
Depois salada de caranguejo e peixe
E uns rolos panados com abacate, camarao, caranguejo, filadelfia, etc...
Como diz o meu amigo Jan, japonês é comida-orgasmo!
Tenho comido como um sultao estas férias, chiça...
Ontem, quando fui para o quarto, uma cena hilariante.
Um coelho, preto e gordo, que presumo ser a mascote do hotel, aproximou-se de mim á entrada do quarto e começou a dar voltas sobre mim. A princípio achei piada, mas depois de bater com o pé no chao e ele continuar na mesma, comecei a ficar preocupado.
Será que os coelhos mordem? Nao sabia! Mas lá estava eu, especado á porta do quarto com o bicho a circundar-me.
Sem lhe querer dar uma biqueirada, abri a porta e, num saltinho abichanado, esgueirei-me para dentro e fechei, porque se ele entrasse era o diabo para tirá-lo, e eu nao durmo com roedores á solta na mesma habitaçao, nunca se sabe o que eles podem querer roer.
Depois, abri uma fresta e lá estava ele, a olhar para mim com cara de parvo!!
Hoje acordei a entoar pais-nossos, avés marias e cantos gregorianos. MEDO DO CESSNA!!!
Afinal foi tudo muito suave, muito mais do que os avioes grandes.
O Cessna eleva-se sobre as montanhas de Oaxaca e eu escolho o segundo album de Sigur Ros como banda sonora.
Que bem escolhido! Obrigado, maninha linda, por o teres no teu MP3 no meio daquela metalada toda.
As lágrimas começam a escorrer-me pela face sem que eu as possa evitar. Que vergonha, o que é que os business man que viajam comigo vao pensar... espera aí, é verdade... estou-me pouco lixando!
Tento estancar o lagrimal que sai por debaixo dos óculos escuros que, mais uma vez, roubei ao meu irmao (és tao tóto), mas o cenário e a banda sonora sao demais para mim, nao aguento!
Sou muito susceptível à beleza extrema, causa-me uma descarga emocional que me atropela e me deixa prostrado. E é indescritível o que senti ao voar rasante sobre aquele mar de montanhas.
Depois das montanhas, planície de selva cerrada e o grande pacífico no horizonte.
Aterragem perfeita! Os melhores 100€ que já gastei!
Quanto aos vizinhos da Bjork e do Gudjhonsen, Sigur Ros, vi-os 2 vezes.
A primeira no SONAR 2000, em Barcelona. Nao conhecia, começaram com aquela seca do uiiiuiii, fui buscar uma bebida, bebi-a toda e eles continuavam uiiiuiiii. Depois arrancaram um concerto que me deixou de queixo caído.
Depois disso ainda vi Sonic Youth a tocar peças de John Cage (muito pop, como podem imaginar), Aphex Twin a mastigar-me a massa encefálica e, finalmente, Amon Tobim, que vi sentado junto á pista de carrinhos de choque, que, estranhamente, montaram na parte exterior do evento
Unforgettable, portanto.
A segunda vez foi no Coliseu, quando alugámos aquele camarote. No final, fiquei com as maos inchadas de tanto os aplaudir.
No entanto, é raríssimo ouvi-los. Ainda bem que o fiz hoje!
Chego ao Hotel, que é bom (outra cama threesome para um homem tao delgado, que desperdício), pouso as coisas e praia comigo.
Apanho uma lancha que me leva pelas baías rochosas, com línguas de areia que contrastam com a selva que, das enseadas, pende sobre o mar.
A água é límpida, e vai paulatinamente ganhando a cor dos recifes, sendo verde clara junto á areia ganhando com a profundidade uma tonalidade azul intensa que cintila sob os raios solares (tudo isto, claro, visto pelos olhos de um daltónico de média gravidade)
Chego á Playa de la Entrega, muito linda, como que escavada nas rochas cobertas de vegetaçao.
Alugo um equipamento de Snorkeling. Será que a minha guelra de jaquinzinho vai aguentar?
Antes deito-me numa espreguiçadeira a ler o Camus.
Chega uma horde de bimbos mexicanos para perturbar a minha paz. Nao faz mal, ponho Ticon nos ouvidos e faço a minha própria produçao.
Hoje é o dia da escandinávia nos meus tímpanos. Estes suecos estiveram no passado dia 30 no caldeirao de Alvalade (Tuatara). Vi-os no Freedom e fui á estratosfera!
É que ouvir um bom progressive enquanto observo um cla inteiro de mexicanos de diferentes idades, generos e, sobretudo pesos alinhados perante mim de óculos, barbatanas e respìradouro tem o seu que de psicadélico, asseguro-vos. O patriarca, bem á minha frente, tem uma barriga que pende quase á altura dos joelhos e tem um mapa mundi de estrias nas laterais da sua pança orangotangica.
De todos os sítios onde já estive, os chicanos sao, sem duvida, os mais feios!
Depois do "Zero Six After", animo-me e lá vou visitar o mundo subaquatico. Agua limpida como o ar, a 22/23º, com aquela salinidade que entorpece os lábios. Embrenhei-me pelos recifes de coral, com dezenas de espécies de peixes de todas as cores.
Depois nadei até uma praia deserta, como que cuspida pela selva circundante e deitei-me na areia grossa, aquela que eu adorava nos meus tempos de pé-de-atleta (lembras-te, Luigi, das nossas coceiras orgásticas na Praia do Meco?)
Volto á espreguiçadeira, e para fazer jus á tatuagem, ouço o "In the Flat Field" dos The Greatest of All Time, Bauhaus.
Isto enquanto me continuo a deliciar a ver familias, as mulheres vestidas normalmente (tenho fotos) de barbatana e oculo a ter aulas de snorkeling.
Aqui nao há nenhuma mulher de bikini, todas de t shirt, algumas de camisa e outras ate de saias dentro de água.
Ainda bem, porque os tacos, enchilladas y quesadillas sao bem visiveis nestes corpos.
Por fim, e já com o sol opuscular, e para terminar a saga escandinasva, "vespertine" da Bjork.
E assim passei o primeiro dia decente de praia que tive em 2007!!
O ar nocturno aqui em La Crucecita, por estar encravada entre as montanhas, a selva e o Pacífico, pesa toneladas, cada golfada parece que alimenta.
Ainda assim tenho fome! Encontro um japonês. Que chatice!!!
para abrir, vem logo um jarrinho de sakê
Depois sopa Misogushi( ou que raio é) cheia de pedaçoes de camarao e polvo.
Depois salada de caranguejo e peixe
E uns rolos panados com abacate, camarao, caranguejo, filadelfia, etc...
Como diz o meu amigo Jan, japonês é comida-orgasmo!
Tenho comido como um sultao estas férias, chiça...
3 Comments:
Válha-nos tu, de tão longe a dar notícias... o fds deu cabo do pessoal, estão caladinhos que nem um rato.
Praínha...tão bom, que inveja! Eu voltei para o airport hell, e já que não posso ter praia pelo menos deixas-me imaginar...
Essa de esfregar os teus pés com os do Luigi.... vai exigir explicações...
Acordar... ligar o mac... ler jzz a caminho da selva... lavar os dentes... sacudir os jeitos do meu cabelo para iludir a minha idade... kaka... galão e bola.
Que saudades tinha eu desta rotina.
Espero que já tenhas outro destino quando chegares do México. Caso não tenhas... apresento-te uma sugestão:
> E que tal, começares calmamente a escrever um livro?
(espero que esta intenção não se encontre suspensa até à morte do feroz critico - Vasco Pulido Valente)
metes-me nojo JZZ! e mais nojo me mete pensar que troquei os meus euros por dolares este ano! podia ter ido pra um sitio bem melhor. Mas valeu pelo Claudino. Mas pro ano quero dar por melhor empregue o bilhete de avião!
Tou com o Pedro. Devias escrever, e eu devia ler (livros, ando a perder muitas coisas decerteza. Quando voltares quero que me aconselhes um livro, estilo assim como tu escreves) So um pouco menos amaricado! Força JZZ cá te esperamos amigo
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